Lembrando que Rozenszajn é brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, botafoguense e vive em Israel há 20 anos, tendo servido 16 anos no exército. A estratégia de inundar os túneis foi amplamente debatida por analistas militares ao longo dos últimos meses, com controvérsia sobre sua real eficácia em forçar militantes do Hamas para fora de seus abrigos subterrâneos e destruir a infraestrutura do grupo. Ele afirmou que a classificação dos túneis considera fatores como informações de inteligência sobre a presença de reféns, para evitar a morte por afogamento. A ONU apontou o risco de contaminação das reservas de água por esgoto e água salgada.
Em relação à batalha travada acima do solo, Rozenszajn indicou que as principais atividades do Hamas se deslocaram para o norte da Faixa de Gaza, mas ainda há atividade do grupo terrorista na região. “A capacidade organizacional do Hamas no norte foi desmantelada. Isso não quer dizer que não existam terroristas por lá”, disse ele. A missão contra o sul de Gaza também visa eliminar as capacidades operativas do Hamas.
O brasileiro também mencionou que entre 9 e 10 mil terroristas do Hamas foram eliminados durante a operação militar em Gaza até o momento, com cerca de 3 mil terroristas presos. Em comparação, o Ministério da Saúde de Gaza relatou a morte de 26,9 mil pessoas no enclave. Em relação às baixas civis, o porta-voz militar afirmou que Israel não tem números concretos e que repassa apenas informações confirmadas. Questionado sobre a proposta mediada pelo Catar sobre a libertação de reféns, Rozenszajn disse que as Forças Armadas estão prontas para cumprir a trégua, se essa for a determinação do governo. Ele concluiu com a afirmação de que o exército de Israel fará o que for necessário para alcançar os objetivos estabelecidos para a guerra, seja por caminho militar ou diplomático, atendendo às decisões do governo.