Polícia Civil do Maranhão prende suspeito do assassinato da estudante Ana Caroline Sousa Campêlo em Maranhãozinho.

A Polícia Civil do Maranhão anunciou a prisão de um suspeito pelo assassinato da jovem Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos de idade, ocorrido em dezembro do ano passado no município de Maranhãozinho, distante 283 quilômetros da capital São Luís. A estudante foi encontrada morta após desaparecer no caminho de volta do trabalho. Seu corpo foi encontrado com lesões graves, incluindo a remoção da pele do rosto, do couro cabeludo, dos olhos e das orelhas.

A prisão do suspeito ocorreu na quarta-feira (31) na zona rural do município de Centro do Guilherme, e ele foi levado para a delegacia de Governador Nunes Freire para prestar depoimento. Durante o interrogatório, ele confirmou ser a mesma pessoa que apareceu nas imagens das câmeras de segurança vestindo uma camisa branca e pilotando uma moto logo após a vítima passar em sua bicicleta.

A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária expedido pelo Poder Judiciário contra o suspeito, um homem natural do município de Campos Sales, no Ceará, e com 32 anos de idade. Sua identidade está sendo investigada para verificar se possui antecedentes criminais ou mandados pendentes.

O delegado geral adjunto operacional da Polícia Civil, Lúcio Reis, explicou que a ação para prender o suspeito foi rápida e eficaz, mobilizando equipes na região onde ele foi encontrado e em locais que frequentava. Após o assassinato, o suspeito mudou de endereço e até vendeu a moto que pilotava nas imagens obtidas pelas câmeras de segurança.

O corpo de Ana Caroline foi exumado para exames no início de janeiro, e a Polícia Civil aguarda o laudo final para obter respostas sobre a causa da morte. A hipótese inicial é que o crime tenha sido motivado por lesbofobia, e há suspeitas de violência sexual, aguardando confirmação após a perícia.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) emitiu uma nota lamentando o assassinato da estudante e solidarizando-se com seus familiares e amigos, caracterizando o caso como um ato de lesbofobia. A morte de Ana Caroline trouxe à tona questões sobre a segurança e os direitos das pessoas LGBTQ+ no país, levando a debates e ações de conscientização sobre o tema.

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