Na ocasião, Lucas foi inicialmente preso temporariamente e, no mês seguinte, a medida foi convertida em prisão preventiva, que não tem prazo para terminar. O suspeito alegou que viajou ao Líbano por uma proposta de crescimento de negócio, mas a investigação foi aberta em outubro, depois que a Polícia Federal recebeu um memorando da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, alertando para as suspeitas de ligação entre brasileiros e terroristas.
A defesa de Lucas argumentou um excesso de prazo na prisão preventiva, mas o ministro Og Fernandes, no exercício da presidência da Corte, negou o pedido porque a instância antecedente ainda não deliberou sobre o tema, apenas indeferiu o habeas corpus em decisão liminar. O caso tramita na Justiça Federal de Belo Horizonte (MG), e a desembargadora responsável determinou que as diligências fossem concluídas em 15 dias.
No novo pedido de soltura, a defesa alegou que a prisão é ilegal por ultrapassar 90 dias sem oferecimento da denúncia, porém o ministro destacou que a prisão preventiva foi considerada legal, com base em indícios da Lei Antiterrorismo e na complexidade da investigação. Conforme mensagens e arquivos obtidos a partir da quebra de sigilo dos telefones e e-mails dos investigados na Operação Trapiche, há indícios de que brasileiros estavam sendo recrutados pelo Hezbollah, para ações terroristas no Brasil.
Outros dois presos na mesma operação, o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza e o músico Michael Messias, foram liberados em dezembro. Todos, incluindo Lucas, negaram envolvimento no planejamento de atos terroristas.
A decisão do STJ de negar o habeas corpus reflete a complexidade e a seriedade das acusações feitas contra Lucas Passos Lima. A investigação incide sobre suspeitas de recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah para promover ações terroristas no Brasil, o que demonstra a gravidade da situação. A manutenção da prisão preventiva de Lucas reforça o compromisso das autoridades em combater o terrorismo e proteger a população. Este caso exemplifica a importância de investigações minuciosas e da aplicação rigorosa das leis antiterrorismo para garantir a segurança nacional.
Esse caso destaca a necessidade de se aprofundar nas investigações e de garantir a segurança da população, salvaguardando as leis e a ordem. A possibilidade de grupos extremistas atuarem em território nacional requer uma resposta eficaz das autoridades, e a decisão do STJ de manter a prisão preventiva de Lucas Passos Lima sinaliza o comprometimento dos órgãos competentes com a prevenção e a repressão a ameaças terroristas. Isso também reforça a ideia de que o Brasil está atento e atuante na proteção de sua segurança nacional.