A vacina brasileira obteve um índice de proteção semelhante à da vacina Qdenga (80,2%), que será oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. A eficácia do imunizante foi medida através do acompanhamento de 16.235 voluntários entre 2 e 59 anos ao longo de dois anos. Este estudo teve início em 2016 e continuará até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento, previsto para ocorrer em junho.
O diretor do Instituto Butantan e investigador principal do estudo, o infectologista Esper Kallás, destacou a importância da publicação do artigo no New England Journal of Medicine como um atestado de relevância e rigor dos dados obtidos. Ele ressaltou que a submissão do pedido de registro da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ocorrer ainda neste ano, com a expectativa de que o produto seja registrado até setembro.
No entanto, Kallás ressaltou a necessidade de encarar o processo com humildade, pois é possível que algumas análises precisem ser repetidas, o que pode afetar o prazo de registro do imunizante. Mas, reforçou que a equipe do Instituto Butantan está trabalhando para antecipar o processo e tornar a vacina disponível para a população o mais breve possível.
Com a comprovação da eficácia da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, a expectativa é de que haja uma maior prevenção e controle da doença, uma vez que permitirá a imunização de milhares de pessoas em todo o Brasil. A publicação do artigo na renomada revista científica reforça a importância do trabalho desenvolvido pelo Instituto Butantan e demonstra que o país está na vanguarda no desenvolvimento de imunizantes contra doenças que afetam a população.