O secretário afirmou que um aumento sustentado no número de casos ao longo do mês, com impactos na rede assistencial, é a caracterização clássica de uma epidemia. Ele ressaltou a necessidade de ligar o alerta e reconhecer que se trata de um cenário epidemiológico real. A cidade tinha cerca de 10 mil casos confirmados da doença em janeiro, com uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes. Isso representa quase metade de todos os registros do ano passado, que totalizaram 22.959.
As autoridades estão preocupadas com a curva de casos que, historicamente, costuma apresentar os piores cenários entre março e maio. No entanto, este ano já apresenta uma grande inclinação em janeiro, superando incidências de epidemias passadas. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, antecipou que é provável que o cenário piore em 2024.
A secretaria de Saúde atribui o comportamento ao aumento de temperatura e à grande quantidade de chuva. Segundo Soranz, o calor acelera a velocidade de reprodução do mosquito, enquanto as chuvas propiciam o acúmulo de água e mais focos de desenvolvimento do mosquito.
Diante dessa situação, a prefeitura anunciou uma série de medidas de prevenção, combate à dengue e assistência a doentes. Serão abertos 10 polos de atendimento e, gradativamente, 150 centros de tratamento e hidratação em unidades de saúde. O prefeito destacou a importância da hidratação no tratamento da doença.
Além disso, a vistoria compulsória em imóveis fechados ou abandonados também será realizada. O prefeito pediu a colaboração da população e alertou que, sem parceria, a cidade pode enfrentar um aumento no número de casos, com pessoas morrendo em decorrência da dengue.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, prostração, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. Por fim, em todo o estado do Rio, houve 17.437 casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas de 2024. O governo federal anunciou que a distribuição da vacina contra a dengue para os municípios selecionados começará na próxima semana.
A ministra da Saúde considera que a vacina é uma esperança, mas não a solução para a epidemia. Ela enfatizou que, no momento, é crucial controlar os focos de reprodução do mosquito e cuidar das pessoas doentes.
