José Manuel Cebollada, vice-presidente da Asaja, acrescentou que “o campo tem que ser notado”, salientando que a política atual dá mais atenção à proteção ambiental do que aos direitos dos agricultores e pecuaristas. A reunião com o ministro foi convocada com urgência, devido à pressão sobre o campo espanhol, que anunciou que se juntaria ao movimento de protesto europeu, com manifestações programadas “nas próximas semanas”.
Após a reunião, o ministro Luis Planas mostrou-se compreensivo com a indignação dos agricultores e prometeu articular uma “simplificação” administrativa para combater a sobrecarga de regulamentações da política agrícola da União Europeia, conhecida pela sigla PAC. Os agricultores espanhóis denunciam uma “crescente frustração e agitação” devido à burocracia sufocante derivada das regras europeias e à “concorrência desleal” de países fora da UE, que, segundo eles, não estão sujeitos às mesmas obrigações.
As manifestações e reações dos agricultores na Espanha refletem descontentamento e insatisfação com o atual cenário enfrentado pelo setor agrícola do país. A promessa do ministro Planas de “trabalhar” para resolver a crise no setor recebeu apoio dos sindicatos agrícolas, mas a manutenção das manifestações indica a necessidade de medidas concretas que atendam às demandas dos trabalhadores rurais. A situação continuará a ser acompanhada de perto para verificar as ações decorrentes do compromisso assumido pelo governo em resposta aos protestos crescentes no setor agrícola espanhol.