Repórter Recife – PE – Brasil

Comerciante judia vítima de ataque antissemita em Arraial d’Ajuda, na Bahia, registra ocorrência por injúria racial após agressão.

No último dia 2 de julho, em Arraial d’Ajuda, na Bahia, uma comerciante judia foi atacada de forma antissemita. A agressora a chamou de “assassina de crianças”, em referência às ações de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, localizada no Oriente Médio. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a agressora avança contra a lojista aos gritos. A mulher que a segura e tenta levá-la para fora da loja ainda não foi identificada.

Durante a confusão, diversos objetos caíram das prateleiras e a comerciante descreveu a situação como “repugnante” por ter sofrido agressão pelo fato de ser judia. Após o ocorrido, ela compareceu à delegacia da Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência por injúria racial.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita da Bahia divulgaram uma nota na qual classificam a agressão como “repugnante” e pediram moderação e equilíbrio às lideranças para não importar o conflito em curso no Oriente Médio. Eles também destacaram que é necessário condenar o antissemitismo e que sua explosão nos últimos meses no Brasil e no mundo é consequência de visões odiosas e distorcidas sobre Israel e judeus manifestados por personalidades e distribuídas pelas redes sociais.

A reportagem tentou contato com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia e aguarda retorno. Além disso, a comerciante de Arraial d’Ajuda foi procurada, assim como a mulher que aparece agredindo a lojista, porém, ainda não houve identificação desta última.

Esse caso é mais uma demonstração de xenofobia que ocorre na sociedade atual, e revela a importância de combater discursos de ódio e intolerância. A discriminação e a violência contra qualquer grupo étnico devem ser repudiadas e as autoridades precisam tomar medidas para punir os autores desses atos. Esse caso específico de preconceito contra uma comerciante judia não deve ser ignorado, e a busca pela identificação e punição da agressora deve ser realizada para garantir a segurança de todos os cidadãos, independentemente de sua origem étnica ou religiosa.

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