Incêndios sem precedentes obrigam Valparaíso e Viña del Mar a adotarem toque de recolher parcial.

As cidades de Valparaíso e Viña del Mar, localizadas no centro do Chile, amanheceram neste sábado sob toque de recolher parcial. O objetivo da medida é permitir a circulação de pessoas evacuadas e a transferência das equipes de emergência em meio a uma série de incêndios sem precedentes que assolam a região, de acordo com informações divulgadas por autoridades do governo.

A ministra do Interior, Carolina Tohá, anunciou que ficou estabelecido um toque de recolher das 8h ao meio-dia como forma de controlar a situação. O presidente chileno, Gabriel Boric, já havia declarado estado de emergência devido à catástrofe gerada pelos incêndios florestais que atingem o centro e o sul do país.

Até o momento, pelo menos 10 pessoas faleceram em decorrência dos incêndios, de acordo com um balanço preliminar divulgado pela delegada presidencial da região de Valparaíso. A prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti, afirmou que nunca havia visto uma situação dessa magnitude na região. Ela destacou que mais de cinco focos de incêndio estão ativos simultaneamente.

As cidades de Viña del Mar e Valparaíso, situadas a 120 km a noroeste de Santiago, costumam atrair um grande fluxo de turistas, especialmente durante o período de férias. No entanto, as rotas para essas localidades foram interrompidas na sexta-feira após o meio-dia devido à rápida expansão dos incêndios.

O maior incêndio está ocorrendo na Reserva Lago Peñuelas, próxima à principal rodovia da região, e já queimou uma área superior a 7.000 hectares. Em seguida, está o incêndio em La Aguada, localizado na região de O’Higgins, no centro do país, que devastou 4.084 hectares.

A atual onda de calor com altas temperaturas que afeta o Cone Sul-Americano tem gerado alertas devido ao risco de incêndios em várias partes da América do Sul, incluindo Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, além do Chile. Especialistas atribuem esse fenômeno a uma combinação entre o El Niño e o aquecimento global provocado pela atividade humana.

Portanto, a situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades chilenas, que concentram esforços para combater os incêndios e garantir segurança à população afetada.

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