Influenciadores digitais somam meio milhão no Brasil, apesar de perda de espaço do Facebook e da ascensão das plataformas Meta.

Facebook completa 20 anos e se consolida como principal plataforma para influenciadores digitais no Brasil

O Brasil é o país em que quase metade da população tem uma conta no Facebook e em que o número de celulares supera o de pessoas, sendo um verdadeiro celeiro para influenciadores digitais. Atualmente, este já é o meio de sustento de meio milhão de pessoas. Aos vinte anos, a rede social Facebook pode ter perdido espaço na cultura de influência, mas sob o guarda-chuva da Meta, sua controladora, costurou uma teia de plataformas que movimenta a chamada economia de criadores, ou seja, utiliza dados para direcionar publicidade e é uma saída para empresas venderem e se relacionarem com consumidores.

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Em duas décadas, a Meta agregou novas ferramentas para anúncios e aperfeiçoou suas plataformas de venda, como o WhatsApp, Instagram e Facebook, com recursos cada vez mais especializados em negócios, além de melhorar o direcionamento dos anúncios. Isso teve como resultado a multiplicação em 16 vezes da receita na última década, passando de US$ 7,8 bilhões para US$ 134 bilhões. Esse dominância acaba formando em torno de si um ecossistema próprio de negócios, que envolve empresas, usuários e companhias especializadas em fazer a ponte entre eles, sendo controladas por empresas como a Meta.

A Meta não informou ao GLOBO a quantidade de usuários que o Facebook tem no país, mas as estimativas apontam para cerca de 110 milhões, além de cerca de 150 milhões de usuários do WhatsApp e mais 113 milhões do Instagram. A maior parte dos influenciadores digitais tem Instagram e TikTok como redes principais e, a ascensão do Facebook e de suas plataformas foi fundamental para isso.

Um dos aspectos que chamam atenção é o fato de que a ascensão das plataformas fez com que as marcas se tornassem influenciadoras, atendessem clientes e vendessem por essas plataformas. Com isso, as redes sociais forçaram as marcas a “descerem do pedestal” e interagirem mais com o público. A maior parte dos criadores de conteúdo no Brasil é formada pelos chamados “microinfluenciadores”, com até 50 mil seguidores, segundo a Squid, plataforma de digital influencers. Inclusive, muitos empreendedores aproveitaram as plataformas para alavancar seus negócios.

Além disso, as plataformas contam com uma mina de ouro crucial para os negócios: os dados dos usuários. A partir desses dados e do comportamento nas redes, a publicidade direcionada tem alguma efetividade. No entanto, de acordo com especialistas, a acumulação de dados pode acabar sendo desfavorável para a inovação e também criar um ambiente em que os criadores ficam vulneráveis a mudanças súbitas.

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