Karahan, que nasceu em 1982, tem uma sólida carreira nos EUA, tendo trabalhado no Federal Reserve (Fed) de Nova York e na gigante Amazon. Em julho do ano passado, foi indicado ao Banco Central turco como parte da mudança de Erdogan em direção a uma política econômica mais conservadora. Durante a gestão de Erkan, a instituição aumentou a taxa de juros de 8,5% para um pico de 45%.
O anúncio da nomeação de Karahan ocorreu ao mesmo tempo em que a imprensa turca levantou especulações sobre o possível envolvimento do pai de Erkan nas decisões do Banco Central, levando-a a renunciar ao posto. Em uma publicação no Twitter, Erkan explicou sua decisão: “Para evitar que a minha família e o meu filho, que tem menos de um ano e meio de idade, sejam ainda mais afetados por este processo, solicitei ao nosso presidente a renúncia”.
A mudança na liderança do banco central da Turquia ocorre em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos significativos, incluindo uma inflação persistente e uma lira turca em declínio. A estratégia de Erdogan em direção a uma política monetária mais tradicional sinaliza um esforço para restaurar a estabilidade econômica e atrair investidores estrangeiros.
A nomeação de Karahan também pode ser vista como parte de um esforço mais amplo de Erdogan para consolidar seu poder sobre as instituições financeiras do país. No entanto, o novo presidente do banco central terá a tarefa de equilibrar as demandas do governo com a necessidade de manter a independência do banco central e tomar decisões baseadas em fundamentos econômicos sólidos.
Dessa forma, a nomeação de Fatih Karahan como presidente do banco central da Turquia pode sinalizar uma mudança significativa na política monetária do país, com consequências de longo alcance para a economia turca e para a posição de Erdogan no cenário político do país. Essa mudança será observada de perto por investidores e analistas, que avaliarão seu impacto sobre a estabilidade econômica e a confiança do mercado no país.