As consequências da greve dos auditores fiscais também vêm preocupando o setor privado. De acordo com o ofício do IBCI, o movimento grevista tem impactado de forma relevante a liberação de cargas, tanto na importação quanto na exportação, prejudicando a atividade econômica do país. Além disso, o atraso no desembaraço das cargas tem afetado não apenas os operadores que lidam diretamente com exportações e importações, mas também pequenas empresas que dependem de componentes importados.
O atraso na liberação de cargas nas áreas aduaneiras também tem prejudicado operações de marketplaces e plataformas digitais de comércio, resultando em um grande número de desistências e cancelamentos de compras. O acúmulo de cargas nos aeroportos, por onde passam encomendas e remessas internacionais, tem contribuído para a situação. Além disso, as entidades alertam que muitas das importações represadas são destinadas à ampliação e modernização da infraestrutura, havendo o perigo de desabastecimento de insumos estratégicos para a indústria e para o agronegócio.
A greve dos auditores fiscais teve início no dia 20 de novembro e, desde então, a categoria cobra a regulamentação de uma lei que instituiu o pagamento de um bônus de produtividade. Apesar de o governo ter apresentado uma nova proposta para encerrar a greve, a situação ainda preocupa o setor privado e as entidades que representam o comércio internacional. Uma assembleia da categoria está marcada para esta semana, enquanto a Receita Federal preferiu não comentar sobre a situação.
Os impactos negativos da greve dos auditores fiscais são evidentes e têm gerado preocupações para o setor privado. A demora no desembaraço das cargas nas áreas aduaneiras tem afetado de forma significativa a economia brasileira, com potencial para inviabilizar operações e investimentos de várias empresas. A situação exige uma solução rápida e efetiva por parte do governo para minimizar os prejuízos ao comércio exterior e à economia do país.