Durante a cerimônia, a ministra revelou que o Ministério da Saúde tem mantido reuniões com órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan para discutir estratégias de ampliação da oferta de vacinas. “Todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta [de vacinas]”, ressaltou a ministra.
O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante contra a dengue pelo sistema público de saúde. A primeira remessa, composta por aproximadamente 757 mil doses, chegou ao país em 20 de janeiro. Outras 568 mil doses estão previstas para entrega no mês de fevereiro, e a previsão é que o país receba um total de 5,2 milhões de doses ao longo do ano.
Inicialmente, a vacina será destinada à população de 10 a 14 anos em regiões endêmicas, abrangendo 521 municípios. Além disso, o Ministério da Saúde já contratou outras 9 milhões de doses para os anos de 2024 e 2025.
Apesar da ampliação da oferta de vacinas, a ministra Nísia Trindade destacou que isso não acarretará em impactos imediatos no combate à doença. “Elas [as vacinas] significam muito, até porque adquirimos vacinas para 2024 e 2025 e todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta, mas não vai ter um impacto nesse intervalo inicial de poucos meses”, explicou.
O COE recém-inaugurado pelo Ministério da Saúde será responsável por ampliar o monitoramento da situação da dengue no país, com o objetivo de orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. Este órgão trabalhará em coordenação com estados e municípios, realizando coleta e análise de dados, produção de relatórios e divulgação de informações por meio de boletins e informes epidemiológicos.
Dentre os dados divulgados, o Ministério da Saúde destacou que, somente no período de janeiro até agora, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue, que resultaram em 29 mortes confirmadas, com outras 170 ainda sendo investigadas.
Os esforços do Ministério da Saúde foram ainda mais enfatizados durante a cerimônia, em que a ministra Nísia Trindade destacou que a situação da dengue é mais preocupante em alguns municípios do Acre, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. No entanto, ela deixou claro que isso não caracteriza um quadro de emergência nacional, mas sim de epidemia a nível local.
Em meio a esse cenário, o Ministério da Saúde salientou a importância da prevenção, destacando que a principal medida para combater a dengue é a eliminação dos criadouros do mosquito. Ademais, a população foi incentivada a receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que irão auxiliar na identificação e eliminação de possíveis criadouros.
A orientação final do Ministério da Saúde foi para as pessoas procurarem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas da dengue, chikungunya ou zika, que incluem febre de início súbito, dores de cabeça e no corpo, náuseas, entre outros.
Portanto, em meio ao aumento dos casos de dengue no país, o Ministério da Saúde está empenhado em ampliar a oferta de vacinas contra a doença e fortalecer ações de prevenção e controle, com o objetivo de combater esse grave problema de saúde pública.
