O projeto de lei em questão prevê 60 bilhões de dólares para a Ucrânia e 14 bilhões para Israel, além de uma reformulação do sistema migratório americano, com um investimento de 20 bilhões de dólares para o tema. Enquanto os democratas alegam que é o texto mais duro em décadas sobre política migratória e conta com apoio do presidente democrata Joe Biden, os republicanos mostram-se relutantes e Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes e aliado de Trump, classifica o projeto como “moribundo”.
No entanto, a última palavra parece estar com o ex-presidente e provável adversário de Biden nas eleições de novembro. Caso o texto não conte com o apoio dos republicanos na Câmara, onde eles têm maioria e muitos são leais a Trump, ele não deverá se concretizar. Vale ressaltar que para ser adotado, o importante projeto de lei deve ser aprovado por ambas as câmaras do Congresso, o que adiciona um elemento de complexidade à situação.
Há meses, os republicanos pedem uma política mais rígida em relação à chegada de migrantes à fronteira com o México, e seguem as diretrizes de Trump, que é um nome forte no debate sobre as eleições futuras. Enquanto uma possível resolução para a guerra entre Rússia e Ucrânia é prometida por Trump, o texto em questão tem um peso significativo em relação à ajuda externa para a Ucrânia, uma vez que é um dos poucos que poderia obter o apoio de ambas as partes do Congresso.
Enquanto isso, Biden tenta buscar apoio para suas ações em relação à fronteira e aos migrantes e enfrenta resistência, ao mesmo tempo em que a ajuda militar dos EUA à Ucrânia permanece em pauta. O texto apresentado para a questão é considerado crucial, uma vez que parece ser um dos poucos que pode ser aprovado pelo Congresso atualmente. Resta saber como esse impasse será resolvido nos próximos nove meses, com a aproximação das eleições.