Incêndios em Valparaíso, no Chile, deixam mais de 120 mortos e número pode aumentar, diz presidente Gabriel Boric

Chile enfrenta tragédia causada por incêndios florestais

A região turística costeira de Valparaíso, no centro do Chile, está sofrendo com uma série de incêndios que já mataram pelo menos 122 pessoas. O presidente Gabriel Boric classificou a situação como uma “tragédia de grande magnitude” e, segundo as autoridades, centenas de pessoas continuam desaparecidas.

Os incêndios atingiram seu ponto mais crítico na sexta-feira, quando surgiram cerca de 40 focos de fogo que ameaçam os arredores das cidades de Viña del Mar e Valparaíso, locais populares entre turistas. Imagens de drone mostram bairros inteiros queimados, com moradores vasculhando os escombros em busca de sobreviventes.

Para tentar conter a propagação do fogo, as autoridades decretaram recolher obrigatório em áreas afetadas e enviaram 1.300 militares para ajudar os cerca de 1.400 bombeiros envolvidos no combate às chamas. A medida visa liberar estradas para permitir a chegada de veículos de emergência às áreas afetadas.

Com a previsão de aumento do número de mortos, o governo decretou estado de emergência e dois dias de luto nacional. O presidente chileno afirmou que o país deve se preparar para más notícias e disponibilizar todos os recursos necessários para lidar com a tragédia.

O ministro da Saúde emitiu um alerta sanitário em Valparaíso e autorizou a suspensão de cirurgias não urgentes, além da criação de hospitais temporários. O Ministério da Habitação estima que entre 3 mil e 6 mil habitações foram afetadas pelos incêndios, tornando esta a pior catástrofe nacional no Chile desde o terremoto de 2010.

Apesar das condições meteorológicas favoráveis nas últimas horas, o incêndio de Las Tablas, o maior da região de Valparaíso, continua ativo e cobre um perímetro de 80 quilômetros. O fenômeno climático El Niño está agravando a situação, com uma onda de calor recorde que ameaça também Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias.

Portanto, o país enfrenta uma situação grave e está mobilizando todos os recursos disponíveis para lidar com a crise. A prioridade é salvar vidas e prestar assistência às áreas afetadas pelos incêndios, que se tornaram a maior tragédia já vista no país desde o terremoto de 2010. A comunidade internacional está atenta à situação e oferecendo apoio ao Chile neste momento difícil.

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