ONU anuncia comitê independente para avaliar a “neutralidade” da Agência para Assistência aos Refugiados Palestinos, acusada por Israel após ataque do Hamas.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, anunciou a criação de um comitê independente para avaliar a “neutralidade” da Agência para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). Essa decisão foi tomada devido às acusações de envolvimento de funcionários da agência no ataque do grupo Hamas em 7 de outubro.

A UNRWA, que presta assistência aos refugiados palestinos, está sob intensa pressão e corre o risco de ser forçada a encerrar suas operações até o final de fevereiro. Essa ameaça surge após mais de uma dúzia de países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha e Suécia, suspendendo o financiamento devido às acusações de envolvimento de 12 membros da equipe no ataque.

O comitê independente será liderado pela ex-chanceler francesa Catherine Colonna e contará com a colaboração do Instituto Raoul Wallenberg na Suécia, o Instituto Chr. Michelsen na Noruega e o Instituto Dinamarquês para os Direitos Humanos. A previsão é que até o final de abril, esse comitê apresente ao secretário-geral um relatório com suas conclusões.

Essa medida é de extrema importância, pois a neutralidade é fundamental em operações humanitárias, especialmente em regiões de conflito, como é o caso dos territórios palestinos. Além disso, a pressão de diversos países para suspender o financiamento da UNRWA demonstra a gravidade das acusações de envolvimento no ataque do Hamas.

A criação desse comitê independente também demonstra o comprometimento da ONU em esclarecer as acusações e tomar medidas concretas para garantir a imparcialidade e eficácia das operações da UNRWA. Isso também fortalece a credibilidade da organização perante a comunidade internacional e reforça seu compromisso em prestar assistência humanitária de forma transparente e neutra.

Por fim, é importante ressaltar que a investigação e avaliação da neutralidade da UNRWA são passos essenciais para preservar a integridade das operações humanitárias e o cumprimento dos princípios internacionais de atuação em zonas de conflito. A expectativa é que as conclusões do comitê independente forneçam diretrizes e recomendações para garantir a efetividade e a imparcialidade das operações da agência no futuro.

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