Dentre as medidas previstas no plano, está a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue), a abertura de dez polos de atendimento espalhados pela cidade, a disponibilização de leitos em hospitais da rede municipal e o uso de carros fumacê nas regiões com maior incidência de casos. Além disso, será realizada a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados, como forma de combater possíveis focos do mosquito transmissor da doença.
A situação é preocupante, visto que o município já registra mais de 10 mil casos de dengue apenas neste início do ano, com uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes. Durante todo o ano de 2023, foram 22.959 casos, de acordo com informações da prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde está à frente do plano de contingência e também realiza ações educativas e de mobilização social para conscientizar a população sobre as medidas de prevenção.
Na última sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes já havia declarado que o Rio enfrentava uma epidemia de dengue, com mais de 11 mil casos da doença confirmados, resultando em um número recorde de internações. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a cidade bateu o recorde de internações por causa da doença, com 362 hospitalizações em janeiro – o maior número desde 1974. Apesar disso, não foram confirmadas mortes decorrentes da dengue, mas três óbitos estão sob investigação na capital.
Diante desse cenário alarmante, a população pode acionar a Central 1746 para solicitar vistorias ou denunciar possíveis focos do mosquito transmissor. As autoridades locais estão empenhadas em conter a propagação da doença e evitar novos casos, mas medidas de prevenção e conscientização da população também são fundamentais para controlar a situação.