A pandemia da dengue tem sido uma preocupação de saúde pública em todo o mundo, e o Brasil está enfrentando um surto da doença. Visando combater esta situação, foi lançada a nova vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, que surgiu no Brasil em julho do ano passado. A vacina é destinada para a prevenção de todos de 4 a 60 anos, tanto aqueles que nunca tiveram a dengue, como os que já foram infectados.
Sete meses após sua chegada ao Brasil, as doses da vacina podem ser encontradas por valores entre R$ 390 e R$ 490. Como o esquema envolve duas aplicações, com um intervalo de três meses entre elas, o preço final fica de R$ 780 a R$ 980.
A vacina Qdenga foi aprovada pela Anvisa em março do ano passado para pessoas entre 4 e 60 anos. Nos estudos clínicos, as duas doses demonstraram uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) indica a proteção para todos que fazem parte do grupo etário elegível, tanto os que nunca tiveram a doença, como aqueles que já foram infectados antes.
No entanto, a vacinação tem suas limitações. Pessoas com alergias aos componentes da vacina, sistema imunológico comprometido, mulheres grávidas ou amamentando, e crianças pequenas e idosos não devem receber a proteção.
Os valores da dose da vacina da dengue variam entre R$ 390 e R$ 490 pelo país, ou seja, o esquema completo fica de R$ 780 a R$ 980. A alta variação de valores se deve a fatores como local e custos extras.
Por outro lado, o governo brasileiro anunciou que 521 cidades receberão unidades da vacina contra a dengue Qdenga, para a campanha de 2024 na rede pública, sendo a primeira do mundo com o imunizante. Devido ao quantitativo limitado de doses que o laboratório consegue produzir, nesse primeiro momento foram priorizados jovens de 10 a 14 anos residentes de municípios com mais de 100 mil habitantes e alta transmissão de dengue.
A eficácia da vacina é muito importante, especialmente diante do aumento de casos de dengue no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 243.720 casos nas quatro primeiras semanas epidemiológicas de 2024, o que revela uma alta de 273%.
A situação é alarmante, especialmente diante dos aumentos já vistos nos últimos anos. Em 2023, o Brasil bateu o recorde de mais mortes causadas pela doença, com 1.094 óbitos confirmados. E foram 1.658.816 diagnósticos prováveis da infecção pelo vírus, 52.871 com evolução para hospitalização.
A vacinação com a Qdenga é um avanço importante para a saúde pública no Brasil, e espera-se que, em breve, mais avanços sejam alcançados no combate à dengue.
