Aumento alarmante de feminicídios e violência em Pernambuco no primeiro mês de 2024 gera alerta para o governo.

O aumento da violência em Pernambuco é motivo de preocupação para o governo e para a população. No primeiro mês de 2024, as estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS) revelaram um aumento significativo nas mortes violentas letais intencionais no estado. Foram registradas 359 mortes, um aumento de 24,22% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram somados 289 assassinatos.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentou o resultado mais alarmante, com um total de 198 mortes violentas intencionais contabilizadas em janeiro de 2024. Isso representa um aumento de 73,68% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram registrados 114 casos.

O aumento da violência na RMR tem sido atribuído à guerra entre facções rivais pelo domínio do tráfico de drogas. No entanto, também foram observados resultados positivos em outras regiões do estado. Na Zona da Mata, houve nove casos a menos em comparação com o mesmo período do ano passado, representando uma redução de 15,3%. No Agreste, a queda foi de 16%, com 63 casos em janeiro de 2024 em comparação com 75 no mesmo período de 2023.

No entanto, no Sertão, houve um aumento de 17% no número de mortes, com 48 casos registrados em janeiro deste ano. Além disso, os casos de feminicídio também aumentaram em janeiro, com 8 mulheres vítimas dessa modalidade criminosa, três a mais do que no mesmo período de 2023.

Diante desses dados alarmantes, o governo de Pernambuco enfrenta um grande desafio para cumprir sua meta de redução de 30% nos índices de violência até o final de 2026, conforme estabelecido pelo programa Juntos pela Segurança, lançado pela governadora Raquel Lyra em novembro de 2023. A falta de diálogo com os sindicatos de policiais civis e delegados também tem sido um fator de preocupação para a gestão estadual.

Além disso, em meio ao aumento da violência, o governo promoveu mudanças na cúpula da segurança pública do estado, substituindo o comandante geral da Polícia Militar e a chefia da Polícia Civil. As alterações ocorrem em um contexto de pressão por reajustes salariais e melhorias para os profissionais da segurança, e têm gerado impacto nas investigações de crimes.

Portanto, o governo e as autoridades policiais enfrentam um desafio significativo para reverter a tendência de aumento da violência e garantir a segurança da população de Pernambuco.

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