A décima conferência (COP10) da FCTC reuniu delegados de diferentes países, com a discussão sobre os avanços de cada um no combate ao tabagismo. A OMS estima que o tabaco seja responsável por mais de oito milhões de mortes por ano, incluindo 1,3 milhão de fumantes passivos expostos à fumaça. Apesar dos avanços alcançados desde a adoção da Convenção-Quadro, obstáculos permanecem, especialmente relacionados aos novos produtos do tabaco, como os cigarros eletrônicos.
Os delegados do COP10 vão debater possíveis restrições ou até proibições de produtos emergentes do tabaco, bem como questões ligadas à publicidade, promoção e patrocínios das indústrias do setor. Além disso, a conferência irá avaliar a necessidade de convocar um grupo de especialistas para formular recomendações para o controle do tabaco, com o objetivo de promover a transparência e evitar conflitos de interesses por parte de funcionários.
Essas medidas visam aprimorar a regulação do tabagismo e proteger a saúde das populações, uma vez que os riscos à saúde associados ao consumo do tabaco ainda persistem em todo o mundo. A disseminação de novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e a interferência da indústria do tabaco nas ações de controle foram destacadas como principais preocupações pelo Secretariado da FCTC, representado por Adriana Blanco. Dessa forma, o COP10 visa promover um debate aberto e construtivo, com a participação ativa de delegados de diferentes países, para buscar soluções que possam contribuir para a redução do tabagismo e, como consequência, minimizar os impactos negativos na saúde pública de todo o mundo.
