A agência nacional de desastres do Chile confirmou o ocorrido e informou que uma pessoa morreu e três ficaram feridas. A ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, confirmou a morte de Piñera e anunciou que o presidente Gabriel Boric ordenou a realização de um funeral de Estado e luto nacional em homenagem ao ex-presidente.
Piñera, que tinha 74 anos, era economista e ingressou na política em 1989, quando chefiou a campanha presidencial de Hernán Büchi. Em 1990, foi eleito senador e, entre 2001 e 2004, presidiu o partido Renovação Nacional. O ex-presidente comandou o Chile de 2010 a 2014 e de 2018 a 2022. Seu primeiro mandato foi marcado por um rápido crescimento econômico e uma queda acentuada no desemprego, enquanto a segunda passagem pela presidência foi mais turbulenta.
Em 2019, Piñera alcançou o menor índice de aprovação desde a redemocratização do país e foi acusado de crimes contra a humanidade em razão das manifestações que pararam o Chile entre outubro e novembro daquele ano. Membros das Forças Armadas foram acusados de diversos delitos, incluindo homicídios, torturas, prisões ilegítimas e abusos sexuais.
Em 2021, o ex-presidente escapou de um impeachment após a Câmara dos Deputados aprovar o processo, mas o Senado rejeitá-lo. Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Piñera e destacou seu bom diálogo com o ex-mandatário chileno.
Portanto, a morte de Sebastián Piñera representa uma perda significativa para o Chile e para a América Latina como um todo, deixando um legado marcante tanto na política quanto na economia do país.