Apesar da redução na taxa de juros, o spread geral, que é a diferença entre a taxa de captação de dinheiro pelo banco e a taxa cobrada dos clientes, aumentou 0,4 ponto percentual, ficando em 19,7 pontos percentuais.
A taxa de captação pelo banco inclui a Selic, a taxa básica de juros, que caiu de 13,75% para 11,75% ao longo do ano de 2023, alcançando a marca de 11,25% atualmente.
No crédito livre, as taxas de juros cobradas de pessoas físicas ficaram em 54,2% ao ano, o que representa uma redução de 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior. Já para as empresas, a taxa de juros atingiu 21,1% ao ano, queda de 1,9 ponto percentual em relação a 2022.
Em relação ao crédito direcionado, que é voltado principalmente para setores como habitacional, rural, infraestrutura e microcrédito, o crédito voltado para pessoas jurídicas teve um aumento de 9,6% no ano, atingindo R$809,5 bilhões. Já o crédito direcionado para famílias teve uma expansão de 13,0%, alcançando um volume de R$1,6 trilhão.
No setor não financeiro, o saldo do crédito ampliado em 2023 foi de R$15,6 trilhões, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior. Já as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançaram R$5,8 trilhões, um aumento de 7,9% em relação a 2022.
O crédito livre representou R$3,4 trilhões em 2023, com uma expansão de 5,2% no ano, enquanto o crédito direcionado alcançou R$2,4 trilhões, com um crescimento de 11,8% no ano.
Esses dados demonstram um cenário de redução das taxas de juros para novas contratações em 2023, em meio a um contexto de crescimento do crédito para pessoas físicas e jurídicas e expansão do crédito ampliado tanto para o setor não financeiro quanto para o sistema financeiro.