O Hamas expressou, em comunicado à imprensa, que a organização se mostrou receptiva à proposta, mas reforçando exigências apresentadas anteriormente, como um cessar-fogo permanente e a libertação dos prisioneiros palestinos. Autoridades de Israel confirmaram a recepção da resposta, mas afirmaram que estão minuciosamente avaliando os termos apresentados.
No entanto, fontes oficiais de Israel negaram a natureza positiva da resposta, alegando que as condições impostas pelo grupo palestino são inaceitáveis. De acordo com o Haaretz, ambos os lados teriam ressaltado a impossibilidade de superar a principal disputa que impede o acordo – a exigência de acabar com a guerra.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, confirmou ter recebido a resposta do Hamas, descrevendo-a como um retorno positivo, embora sem entrar em detalhes devido às “delicadas circunstâncias”. O Catar permanece otimista e reitera que as negociações continuarão.
Os desdobramentos recentes das negociações interligam-se em um contexto marcado pela captura de 250 pessoas por grupos terroristas palestinos, dentre eles o Hamas, no ataque de outubro do ano passado. O êxito do acordo depende da liberação de reféns em troca da libertação de palestinos detidos em prisões israelenses.
A complexidade da situação demanda paciência na busca por um entendimento entre as partes, e o envolvimento dos Estados Unidos e do Catar como intermediários aponta para uma necessidade de mediação internacional. Mesmo após semanas de ponderação, o Hamas ainda hesita em aceitar a proposta pra trégua temporária, ressaltando questões como a suspensão do bloqueio e a libertação dos prisioneiros palestinos.
Embora o caminho para um acordo permaneça incerto, o diálogo entre Hamas e Israel continua, e tanto o Catar quanto os Estados Unidos estão determinados a continuar a busca por um entendimento que ponha fim à violência na região.