Segundo o Hamas, essa mudança representaria uma violação dos direitos do povo palestino e das normas do direito internacional, uma vez que Jerusalém é considerada pelos palestinos como território ocupado. Essa decisão, se efetivamente tomada, colocaria a Argentina ao lado dos Estados Unidos, que transferiram sua embaixada para Jerusalém em 2018, sob a presidência de Donald Trump.
A situação de Jerusalém é complicada, uma vez que as Nações Unidas haviam concedido um “status” internacional especial para a cidade, reconhecendo sua importância para judeus, cristãos e muçulmanos. No entanto, a cidade foi dividida após a guerra que se seguiu à declaração de independência de Israel em 1948.
Dessa forma, Israel tomou Jerusalém Oriental da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de junho de 1967 e posteriormente a anexou, considerando toda a cidade sua capital indivisível. Porém, os palestinos reivindicam a parte leste como a capital de seu futuro Estado.
Esses acontecimentos recentes geraram tensões e polêmicas ao redor do mundo, principalmente em relação à legitimidade e soberania de Jerusalém. Vale destacar que essa situação tende a se agravar à medida que mais países optem por transferir suas embaixadas para a cidade sagrada, o que acaba refletindo nas relações diplomáticas internacionais e nas tensões já existentes na região.
Essa decisão tomada pelo presidente argentino representa um gesto político de grande impacto, que vai além das fronteiras nacionais e gera questionamentos sobre a posição da Argentina em relação aos conflitos históricos entre Israel e Palestina. Seguiremos acompanhando o desenrolar desse cenário político cada vez mais complexo e repleto de embates ideológicos e culturais.