No último domingo, foi divulgado um pacote legislativo negociado por senadores republicanos e democratas com o governo Biden, que permite restringir o fluxo de imigrantes na fronteira. O endurecimento da política migratória era uma condição dos republicanos para a aprovação de mais recursos para a Ucrânia e de uma ajuda para Israel, incluídos no pacote.
No entanto, a linha-dura dos conservadores, muito influenciados por Trump, é contrária ao texto. Biden foi enfático ao afirmar que Trump está politizando o problema em vez de resolvê-lo. Segundo ele, o ex-presidente tem buscado os republicanos da Câmara e do Senado, tentando intimidá-los e ameaçá-los.
Além da questão migratória, Biden expressou sua preocupação com a situação na Ucrânia, alertando que “o tempo urge” para os ucranianos. Ele citou Vladimir Putin e destacou que apoiar o projeto de lei é enfrentar o líder russo, enquanto ser contrário faz o jogo dele.
Em um desafio ao governo, a Câmara dos Representantes votará um pacote de 17,6 bilhões de dólares para Israel, deixando a Ucrânia de fora. Os democratas anunciaram que votarão contra o texto, e Biden disse que irá vetá-lo caso seja aprovado.
Diante desse cenário tenso e complexo, a política migratória e a questão da ajuda à Ucrânia continuam sendo pontos de atrito entre as diferentes facções políticas nos Estados Unidos. A busca por um consenso e a aprovação de medidas que atendam às necessidades tanto dos imigrantes quanto das nações estrangeiras afetadas é crucial para a superação desses desafios.