As autópsias revelaram que a maioria das vítimas morreu de fome, enquanto outras foram estranguladas, espancadas ou asfixiadas, incluindo crianças. O caso chocante provocou uma grande comoção no Quênia, país de religião predominantemente cristã no leste da África. O governo queniano ressaltou a necessidade de estabelecer controles mais rigorosos sobre as denominações religiosas, diante da história do país de pastores autoproclamados que se envolvem em atividades criminosas.
Outros aspectos da acusação contra Mackenzie incluem terrorismo, crimes contra menores de idade e homicídio involuntário, distribuídos entre quatro tribunais. Ainda não foi determinado se haverá apenas um julgamento ou quatro. O caso também levantou questões sobre a regulamentação das igrejas e cultos no Quênia.
A detenção de Mackenzie em abril do ano passado, após a descoberta dos 429 corpos na floresta costeira, gerou um clamor por justiça e a necessidade de proteger os seguidores ingênuos de líderes religiosos inescrupulosos. O impacto do episódio macabro foi sentido em toda a nação, levando as autoridades a buscar maneiras de prevenir a repetição de tais tragédias.
O caso chamou a atenção para os perigos das seitas e lideranças religiosas que exploram a fé de pessoas vulneráveis, manipulando-as para cometer atos extremos, como jejum até a morte. A comoção provocada pelo caso de Mackenzie trouxe à tona a importância de se garantir a liberdade religiosa, ao mesmo tempo em que se protege a integridade e a segurança dos cidadãos contra abusos e atrocidades cometidos em nome da religião. Estabelecer um equilíbrio entre o respeito à crença e a prevenção contra manipulação e violência tornou-se uma prioridade para as autoridades quenianas.