A determinação da Rússia foi emitida pela Rosselkhoznadzor, a agência russa de vigilância veterinária e fitossanitária, que suspendeu a autorização de cinco exportadores equatorianos a partir de 5 de fevereiro. A agência alegou que a decisão foi motivada pela detecção de um inseto devastador que pode afetar as plantações de banana. Além disso, a Rússia também suspendeu a importação de algumas flores do Equador a partir de 9 de fevereiro.
Essas medidas restritivas foram vistas como uma retaliação à decisão do Equador de aceitar a oferta dos Estados Unidos para trocar equipamentos militares soviéticos antigos por armamentos americanos de nova geração. A intenção era enviar essas armas aos ucranianos para apoiá-los em seu conflito com a Rússia. Essa atitude provocou a ira de Moscou, que a considerou uma decisão “imprudente” tomada sob pressão estrangeira.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, defendeu a decisão, afirmando que o país manterá o acordo, enquanto o governo russo se mostrou muito crítico em relação à postura tomada pelo Equador. Esse episódio coloca uma pressão adicional sobre as relações diplomáticas já tensas entre as nações envolvidas.
Além disso, é importante destacar que desde o início de sua operação na Ucrânia, a Rússia vem buscando fortalecer os laços econômicos e diplomáticos com países do hemisfério sul, especialmente na América Latina e na África, em uma tentativa de evitar as sanções ocidentais.
Portanto, a proibição da importação de bananas e flores equatorianos pela Rússia representa um passo significativo nesse contexto mais amplo de tensões geopolíticas. Essa decisão terá impactos não apenas sobre o Equador, mas também sobre as empresas e trabalhadores envolvidos nesse comércio internacional. No entanto, o desdobramento preciso dessa situação dependerá de futuras negociações e da evolução das relações entre esses países.