As exportações aumentaram em janeiro, atingindo o valor de US$ 27,016 bilhões, o que representa um aumento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse é o maior valor exportado para o mês de janeiro desde o início da série histórica. Enquanto as exportações cresceram, as importações ficaram estáveis, totalizando US$ 20,49 bilhões, um recuo de apenas 0,1%.
Um dos fatores que impulsionaram as exportações foi a safra recorde de grãos, que registrou um aumento de 42,3% na quantidade exportada em comparação com janeiro de 2023, mesmo com uma queda de 13,9% no preço médio. Além disso, a indústria extrativa também contribuiu para o resultado positivo, com um aumento de 44,3% na quantidade exportada.
Dentre os produtos que se destacaram nas exportações agropecuárias estão a soja, o algodão bruto e o café não torrado. Enquanto na indústria extrativa, o minério de ferro, minérios de cobre e óleos brutos de petróleo registraram os maiores aumentos nas exportações.
Em contrapartida, as maiores reduções nas importações foram observadas em produtos como cevada não moída, milho não moído e cacau bruto ou torrado na agropecuária; minérios de cobre, carvão não aglomerado e óleos brutos de petróleo na indústria extrativa; e compostos organo-inorgânicos, medicamentos e produtos farmacêuticos, adubos ou fertilizantes químicos na indústria de transformação.
Apesar da desvalorização das commodities, o governo projeta um superávit de US$ 94,4 bilhões para 2024, com um aumento nas exportações de 2,5% e um avanço de 5,4% nas importações. As previsões são um pouco mais otimistas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 76,9 bilhões para este ano, de acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central.