A conferência é parte da décima reunião das partes (COP10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), que está em vigor desde 2005. Durante o encontro, os delegados discutiram medidas para regular esses novos produtos do tabaco, que podem desacelerar a redução do número de fumantes.
Além disso, foi debatida a preocupação em relação à “ingerência” da indústria do tabaco na formulação de políticas de saúde pública. A delegada panamenha Ivette Barrio ressaltou a importância desse tema ao afirmar que os produtos de nicotina e tabaco novos e emergentes, assim como a ingerência da indústria, representam grandes obstáculos para a aplicação efetiva da Convenção-Quadro.
A vice-ministra da Saúde do Panamá também reforçou a incompatibilidade entre os interesses da indústria do tabaco e os interesses da política de saúde pública. Estima-se que mais de oito milhões de pessoas morrem anualmente no mundo devido ao tabagismo, incluindo 1,3 milhão de fumantes passivos expostos à fumaça.
Entre os produtos emergentes do tabaco estão os cigarros eletrônicos e o tabaco aquecido, que têm sido apresentados pela indústria como alternativas saudáveis para quem deseja parar de fumar. No entanto, as autoridades de saúde pública têm expressado preocupações sobre os potenciais impactos desses produtos.
É nesse contexto que se busca regular e controlar os novos produtos do tabaco, a fim de garantir a proteção da saúde pública e promover a redução global do tabagismo. A Conferência do Panamá reuniu representantes de mais de 180 países, evidenciando a relevância e a abrangência do tema em escala internacional.