Além de ter sido acionista de uma empresa aérea, um canal de televisão e um clube de futebol, a revista Forbes estimou a fortuna de Piñera em 2,7 bilhões de dólares, equivalente a cerca de R$ 13,4 bilhões. A origem dessa fortuna está ligada a seus investimentos na Latam e em empresas de cartão de crédito.
O acidente que vitimou o ex-presidente ocorreu na localidade de Lago Ranco, localizada a 920 quilômetros ao sul de Santiago. Piñera, que estava pilotando seu próprio helicóptero, chocou-se com o veículo enquanto viajava com outras três pessoas. Enquanto o corpo de Piñera ainda não havia sido resgatado, as autoridades chilenas continuavam as operações de busca e resgate no local do acidente.
A morte de Piñera foi lamentada por figuras políticas e líderes pela América Latina, incluindo o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente chileno, Gabriel Boric, também instruiu que seja realizado um funeral de Estado para o ex-presidente, além de ter sido declarado luto nacional.
Piñera foi um empresário de sucesso, fundador e acionista de diversas empresas conhecidas no país. Sua carreira na política teve início nos anos 80, quando se tornou senador independente após participar da oposição à ditadura de Pinochet. Ele foi eleito presidente em 2010, servindo até 2014, e depois foi reeleito para um segundo mandato em 2018, encerrando em 2022.
Durante seu último mandato, Piñera enfrentou desafios como uma crise social e a pandemia de Covid-19. Além disso, a polarização política e a crise econômica agravaram sua gestão. Sua morte deixa um vazio na política chilena e é motivo de luto para o país, que já enfrentava outros desafios.