Líder da oposição venezuelana afirma que “governo de Nicolás Maduro está mais fraco do que nunca” e defende negociação para transição.

O governo venezuelano de Nicolás Maduro está enfrentando uma situação delicada, de acordo com a líder da oposição María Corina Machado, que afirmou, em uma audiência perante o Congresso dos Estados Unidos, que “sua melhor opção é negociar uma transição”. Segundo Machado, a Venezuela vive um momento único e a oportunidade para uma transição pacífica por meio das eleições presidenciais deste ano.

Apesar de vencer nas eleições primárias da maior coalizão da oposição, a Plataforma Unitária, Machado não poderá lançar sua candidatura para as eleições, devido a uma inelegibilidade ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). No entanto, Machado ignorou a decisão da corte.

A líder da oposição afirmou que as forças opositoras estão unificadas e prontas para criar condições para que Maduro compreenda a necessidade de uma transição por meio de eleições limpas, livres e competitivas. Machado destacou que os chavistas perderam completamente sua base social e enfatizou a importância de uma transição pacífica para a Venezuela e para outros países da região.

María Elvira Salazar, congressista republicana, explicou que os republicanos estão dispostos a colaborar com o governo democrata desde que o acordo de Barbados, alcançado entre Maduro e a oposição, seja mantido. Entretanto, destacou que Maduro descumpriu parte do acordo, o que levou os Estados Unidos a impor sanções ao país.

Durante a sessão, Machado relatou a situação difícil enfrentada por opositores na Venezuela, destacando a existência de presos políticos e agentes cubanos envolvidos em casos de tortura no país. Ela ainda denunciou o desaparecimento de membros de suas equipes de campanha, aparentemente apreendidos pelas forças do regime.

Os congressistas presentes na sessão demonstraram admiração pela postura de Machado, que tem permanecido no país mesmo diante das dificuldades, em contraste com outros opositores que estão no exterior. A sessão foi encerrada com Machado comemorando o apoio do governo dos Estados Unidos na luta pela liberdade na Venezuela.

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