Antes da agressão física, a mulher proferiu diversos xingamentos contra o casal. “Sou mais mulher do que você. Eu sou mais macho que você. Tirei sangue seu, foi pouco. E os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional. Eu tenho educação”, gritou a mulher.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelas vítimas, a discussão teria iniciado depois que a mulher, que estava em pé no local, se recusou a sair de uma das vagas de estacionamento do estabelecimento comercial. Ela teria retornado para empurrar o retrovisor do veículo do motorista e gritar “viado folgado”, além de jogar um cone contra as vítimas. As agressões continuaram dentro do estabelecimento, apesar da intervenção de alguns funcionários e de outros frequentadores do local. Além disso, a mulher também ameaçou o casal afirmando que tinha uma arma no carro para “resolver a situação”.
O caso foi registrado pela Polícia Civil de São Paulo como preconceito de raça ou de cor e lesão corporal. Nesta quarta-feira (7), a mulher foi identificada e intimada a prestar depoimento.
O ocorrido chocou a comunidade local, que em sua maioria se posicionou favorável ao casal agredido. O repúdio pela atitude da agressora se espalhou pelas redes sociais e a campanha contra a homofobia ganhou força nas discussões online. A comunidade LGBT+ de São Paulo manifestou seu apoio ao casal e cobrou justiça diante do ato de violência.
A polícia segue investigando o caso e espera esclarecer a motivação da agressora, que pode responder por preconceito e lesão corporal. Este episódio serve como um alerta para a importância de combater a discriminação e a violência contra a população LGBT+, promovendo cada vez mais a inclusão e o respeito.