Mulher agride casal gay em padaria de São Paulo e é intimada a depor por preconceito e lesão corporal.

No último sábado (3), um vídeo gravado por frequentadores de uma padaria no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, viralizou nas redes sociais ao mostrar uma mulher não identificada agredindo um casal gay dentro do estabelecimento comercial. As imagens mostram a agressão do engenheiro civil Adrian Grasson Filho, de 32 anos, que estava acompanhado pelo namorado.

Antes da agressão física, a mulher proferiu diversos xingamentos contra o casal. “Sou mais mulher do que você. Eu sou mais macho que você. Tirei sangue seu, foi pouco. E os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional. Eu tenho educação”, gritou a mulher.

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelas vítimas, a discussão teria iniciado depois que a mulher, que estava em pé no local, se recusou a sair de uma das vagas de estacionamento do estabelecimento comercial. Ela teria retornado para empurrar o retrovisor do veículo do motorista e gritar “viado folgado”, além de jogar um cone contra as vítimas. As agressões continuaram dentro do estabelecimento, apesar da intervenção de alguns funcionários e de outros frequentadores do local. Além disso, a mulher também ameaçou o casal afirmando que tinha uma arma no carro para “resolver a situação”.

O caso foi registrado pela Polícia Civil de São Paulo como preconceito de raça ou de cor e lesão corporal. Nesta quarta-feira (7), a mulher foi identificada e intimada a prestar depoimento.

O ocorrido chocou a comunidade local, que em sua maioria se posicionou favorável ao casal agredido. O repúdio pela atitude da agressora se espalhou pelas redes sociais e a campanha contra a homofobia ganhou força nas discussões online. A comunidade LGBT+ de São Paulo manifestou seu apoio ao casal e cobrou justiça diante do ato de violência.

A polícia segue investigando o caso e espera esclarecer a motivação da agressora, que pode responder por preconceito e lesão corporal. Este episódio serve como um alerta para a importância de combater a discriminação e a violência contra a população LGBT+, promovendo cada vez mais a inclusão e o respeito.

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