A descoberta é de grande relevância devido às características específicas do sistema planetário em questão. Ambos os planetas orbitam uma estrela anã vermelha que apresenta ausência de brilho e temperaturas mais baixas em comparação com o Sol. Além disso, a órbita dos planetas ao redor dessa estrela leva apenas 19 dias, o que contribui para a especulação sobre a existência de água líquida, um fator fundamental para a sustentação de vida.
A identificação dos planetas na chamada “zona habitável conservadora” do Universo é uma descoberta promissora, de acordo com a Nasa. Esta zona se refere às áreas ao redor de uma estrela onde os planetas recebem insolação semelhante à da Terra. Apesar de outros fatores, como uma atmosfera adequada, serem essenciais para sustentar água em estado líquido, a posição na “zona habitável conservadora” oferece uma perspectiva encorajadora.
Segundo a Nasa, a definição de “Super-Terra” engloba planetas maiores e com massa até dez vezes superior à da Terra. TOI-715b tem 1,55 vezes o raio do nosso planeta, e a sua massa representa 3,02 Terras. Além disso, o sistema que envolve a nova Super-Terra será alvo de análises do telescópio espacial James Webb, que avaliará a existência de atmosfera e campo magnético nos planetas, critérios importantes para determinar a viabilidade de vida nesses locais.
Com essa descoberta, a Nasa reforça o papel crucial da exploração espacial e da busca por exoplanetas que possam conter condições propícias para a vida. A possibilidade de encontrar novos mundos habitáveis e entender melhor a diversidade do Universo continua sendo um dos principais objetivos da agência espacial americana. A expectativa é que os estudos continuem a revelar novas descobertas e avanços significativos nesse campo de pesquisa.