A proposta encontrou resistência principalmente entre os membros da oposição republicana, com quatro senadores do partido votando a favor – James Lankford, Lisa Murkowski, Susan Collins e Mitt Romney. No lado democrata, Bob Menendez, Elizabeth Warren, Ed Markey, Alex Padilla e o independente Bernie Sanders votaram contra o plano proposto.
O projeto rejeitado previa a alocação de US $ 60 bilhões para a Ucrânia, US $14,1 bilhões para Israel, US $ 2,44 bilhões para operações de segurança no Mar Vermelho e US $ 4,83 bilhões para apoiar as necessidades de defesa dos aliados na Ásia, em meio às crescentes tensões entre Taiwan e China. O restante da verba estaria voltado para ações migratórias.
Após a votação, o líder da maioria Chuck Schumer manifestou sua insatisfação com a conduta dos republicanos, que, segundo ele, mudaram de posição repentinamente após meses de negociações. Schumer anunciou que pretende submeter ao plenário um segundo texto, que contempla somente a ajuda externa, sem incluir recursos adicionais para a fronteira.
A influência de figuras políticas, como Donald Trump, também foi determinante no desfecho do episódio. Trump, que está na mira para a corrida presidencial, manifestou claramente a sua oposição ao projeto, chamando-o de “desastroso”. Ele declarou que os republicanos votaram de acordo com a sua vontade, alegando ser “líder do partido” e advertindo que vetaria a ajuda à Ucrânia caso fosse eleito.
Diante do cenário político conturbado, as divergências se estendem até mesmo à Câmara, onde os republicanos têm enfrentado dificuldades para aprovar propostas. Recentemente, o presidente da Casa, o republicano Mike Johnson, falhou em conter a dissidência entre os membros do partido.
Portanto, o resultado da votação no Senado trouxe à tona as profundas divisões política e ideológicas que assolam a esfera legislativa dos Estados Unidos. A questão agora é: como essas divergências irão influenciar o futuro das relações externas e das políticas migratórias do país?