Senado dos EUA barra pacote de ajuda de US$ 118 bilhões defendido por Biden em votação apertada e Casa Branca tenta plano alternativo.

Após meses de intensas negociações e debates acalorados, o Senado dos EUA vetou um pacote de ajuda externa defendido pelo governo de Joe Biden, que distribuía um total de US $ 118 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan, e incluía planos mais rigorosos para a segurança da fronteira entre os EUA e o México. Infelizmente para a administração de Biden, o texto contou com o apoio de apenas 49 senadores, 11 a menos do que o necessário para a aprovação. Como resultado, a Casa Branca agora está tentando articular um plano alternativo que exclua qualquer menção à política migratória.

A proposta encontrou resistência principalmente entre os membros da oposição republicana, com quatro senadores do partido votando a favor – James Lankford, Lisa Murkowski, Susan Collins e Mitt Romney. No lado democrata, Bob Menendez, Elizabeth Warren, Ed Markey, Alex Padilla e o independente Bernie Sanders votaram contra o plano proposto.

O projeto rejeitado previa a alocação de US $ 60 bilhões para a Ucrânia, US $14,1 bilhões para Israel, US $ 2,44 bilhões para operações de segurança no Mar Vermelho e US $ 4,83 bilhões para apoiar as necessidades de defesa dos aliados na Ásia, em meio às crescentes tensões entre Taiwan e China. O restante da verba estaria voltado para ações migratórias.

Após a votação, o líder da maioria Chuck Schumer manifestou sua insatisfação com a conduta dos republicanos, que, segundo ele, mudaram de posição repentinamente após meses de negociações. Schumer anunciou que pretende submeter ao plenário um segundo texto, que contempla somente a ajuda externa, sem incluir recursos adicionais para a fronteira.

A influência de figuras políticas, como Donald Trump, também foi determinante no desfecho do episódio. Trump, que está na mira para a corrida presidencial, manifestou claramente a sua oposição ao projeto, chamando-o de “desastroso”. Ele declarou que os republicanos votaram de acordo com a sua vontade, alegando ser “líder do partido” e advertindo que vetaria a ajuda à Ucrânia caso fosse eleito.

Diante do cenário político conturbado, as divergências se estendem até mesmo à Câmara, onde os republicanos têm enfrentado dificuldades para aprovar propostas. Recentemente, o presidente da Casa, o republicano Mike Johnson, falhou em conter a dissidência entre os membros do partido.

Portanto, o resultado da votação no Senado trouxe à tona as profundas divisões política e ideológicas que assolam a esfera legislativa dos Estados Unidos. A questão agora é: como essas divergências irão influenciar o futuro das relações externas e das políticas migratórias do país?

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