Vaticano se opõe à inclusão da “liberdade garantida” para abortar na Constituição da França, medida aprovada pela Câmara Baixa.

O Vaticano se manifestou contrariamente à inclusão da “liberdade garantida” para abortar na Constituição da França, uma medida aprovada pela Câmara Baixa do país, mas que ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

O responsável pela Rádio Vaticano e pela Vatican News, Massimiliano Menichetti, questionou: “Como é possível justapor na Carta Magna de um Estado o direito que protege o indivíduo e o que legitima sua morte?” Essa posição representa uma visão não oficial do Vaticano, que é contrário ao aborto.

Apesar de não se manifestar oficialmente sobre o processo em andamento na França, a Santa Sé continua firme em sua oposição ao aborto. A iniciativa de inclusão do direito ao aborto na Constituição da França foi liderada pelo presidente Emmanuel Macron, que busca proteger o acesso à interrupção da gravidez em meio aos retrocessos ocorridos em outros países.

A proposta obteve aprovação por ampla maioria na Assembleia Nacional francesa no final de janeiro. No entanto, a reforma constitucional ainda precisa ser aprovada pelo Senado, que é controlado pela oposição de direita e já expressou reservas em relação ao termo “liberdade garantida”.

Pesquisas indicam que oito em cada dez franceses apoiam a proposta de Macron, no entanto, a questão ainda gera controvérsias. O posicionamento da Igreja Católica sobre o aborto é claro, e o papa Francisco, em visita a Marselha, no sul da França, lamentou a situação “dos não nascidos, rejeitados em nome de um falso direito ao progresso”.

O papa condenou “o drama da rejeição da vida humana, que assume diferentes formas, desde a vida rejeitada dos migrantes até a das crianças não nascidas”. O posicionamento da Igreja Católica sobre a proteção da vida humana é bastante rigoroso, e o Vaticano se mantém veemente em sua oposição ao aborto, mesmo diante das mudanças na legislação de países como a França. Ainda assim, a controvérsia em torno do tema persiste e continua a mobilizar as autoridades e a população francesa.

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