Em 2022, foram encontrados documentos sigilosos na casa de Biden em Wilmington, Delaware (nordeste), e em um antigo escritório. Os documentos datam da época em que Biden atuou como vice-presidente de Barack Obama.
A investigação sobre a retenção de documentos sigilosos de Biden representa um alívio para o presidente, que é candidato à reeleição nas presidenciais de novembro e provavelmente irá enfrentar seu antecessor, o republicano Donald Trump. Este último enfrenta um julgamento penal acusado de ter levado consigo muitos documentos confidenciais quando deixou a Casa Branca e ter se negado a cooperar com os investigadores.
No entanto, Robert Hur, o procurador especial, considera que o atual presidente tem a memória tão comprometida que sequer se lembra quando foi vice-presidente e quando morreu seu filho Beau, falecido em 2015, vítima de um câncer. Este argumento foi rebatido por uma porta-voz de Trump nas redes sociais, questionando a capacidade de Biden para liderar o país.
A Casa Branca se manifestou dizendo estar “satisfeita” com a decisão de não apresentar acusações contra Biden, mas discordando de “uma série de comentários inexatos e inapropriados no informe do procurador especial”. Em um comunicado, o presidente também afirmou que considera o caso encerrado.
Por fim, a conclusão da investigação sobre a retenção de documentos sigilosos de Biden encerra um capítulo, mas certamente não irá eliminar a controvérsia e as dúvidas sobre a capacidade do presidente de liderar o país, principalmente com relação à sua memória e ao seu comprometimento com a transparência e a ética no governo. Cabe agora aos eleitores e à sociedade em geral acompanhar atentamente os desdobramentos desse caso e ponderar sobre as consequências políticas que ele pode acarretar.