De acordo com Miki Zohar, ministro israelense, membros da coalizão de governo, assim como membros individuais do governo, chegaram a um acordo sobre a necessidade de recuperar os reféns e chegar a um acordo de cessar-fogo. No entanto, enfatizou que Israel não concordará em parar a guerra a qualquer preço.
A resposta de Netanyahu à proposta do Hamas foi dura, mas fontes do governo israelense ouvidas pelo The New York Times afirmaram, em anonimato, que há um segundo nível de análise para além do posicionamento inicial.
Embora as principais exigências do Hamas, incluindo a retirada militar completa de Israel de Gaza e uma trégua de 135 dias, tenham sido consideradas inaceitáveis, a avaliação é de que os termos deixam espaço para discussão, se o documento for uma proposta inicial, e não uma oferta final.
Analistas apontaram que, apesar da sinalização negativa de Netanyahu, ele deu sinais de que ainda está disposto a manter a mesa de negociações. O premier ordenou o avanço dos militares sobre Rafah, mas ao mesmo tempo teria deixado a janela aberta para as negociações, indicando um sinal de que outro acordo diferente do proposto pelo Hamas poderia ser aceito.
O esforço por manter as negociações vivas é uma sinalização positiva do lado palestino. O grupo comunicou que a delegação no Egito seria liderada por um dos seus altos funcionários, Khalil al-Hayya. De acordo com Osama Hamdan, porta-voz do Hamas, o objetivo da viagem é discutir a proposta do grupo.
Grandes desafios ainda precisam ser superados antes de um acordo ser fechado. O principal deles parece ser a visão completamente antagônica sobre a atividade militar de Israel em Gaza. Enquanto o Hamas exige a saída dos militares israelenses do território palestino, o governo de Israel definiu como objetivo de guerra a eliminação completa do grupo. Apesar disso, ambos estão abertos para seguir com as negociações e avançar para um acordo que traga alívio ao conflito.
