O Palácio de Buckingham divulgou um comunicado na segunda-feira, informando que o monarca já iniciou um cronograma de tratamento contra a doença e adiou os compromissos reais em eventos públicos. No entanto, Charles III continuará com “os negócios do Estado e documentação oficial”.
O rei, que sucedeu a mãe, Elizabeth II, há 17 meses, terá que lidar com as limitações impostas pela doença. Ele havia anunciado no início do ano que se submeteria a uma intervenção cirúrgica devido a uma hipertrofia da próstata. O monarca de 75 anos deu entrada em um hospital de luxo de Londres, no Reino Unido, para fazer uma cirurgia por um quadro benigno de próstata aumentada, comum entre homens a partir dos 60 anos.
Apesar disso, uma fonte próxima à Buckingham afirmou que não se trata de câncer de próstata, como se especulava quando a notícia foi divulgada. Os problemas de saúde sucessivos reduziram quase pela metade o círculo de membros ativos da família real britânica e deixaram a rainha Camilla, de 76 anos, na linha de frente, com diversos compromissos semanais.
Por decisão do próprio rei, o diagnóstico foi compartilhado “para evitar especulações” e para ajudar na “compreensão pública” das pessoas diagnosticadas com câncer em todo o mundo. A transparência sobre a condição médica representa uma clara ruptura da monarquia britânica com o passado, já que a causa anunciada da morte da rainha Elizabeth II, em setembro de 2022, foi a velhice.
A mãe de Charles III faleceu aos 96 anos, e a causa da morte não foi informada oficialmente. O rei, no entanto, segue sua rotina e se mantém ativo em seus deveres reais, mesmo enfrentando o câncer. A abertura e a transparência demonstradas por Charles III e sua família indicam uma nova postura da monarquia britânica diante de questões de saúde, visando fornecer apoio e compreensão a pessoas que enfrentam situações semelhantes em todo o mundo.