EUA atacas as Brigadas Hezbollah e são condenados pelo Iraque e Irã, acirrando tensões na região.

Ataque dos Estados Unidos em Bagdá aumenta tensões entre Iraque e coalizão antijihadista

Na última quarta-feira (7), um ataque com drones realizado pelos Estados Unidos em Bagdá resultou na morte de Abu Baqir Al Saadi, um comandante das Brigadas Hezbollah. Este incidente provocou a condenação do Iraque, que acusou a coalizão antijihadista liderada pelos EUA de ser um “fator de instabilidade” na região.

O governo norte-americano justifica o ataque alegando que o grupo Hezbollah é responsável por atentados contra interesses dos EUA, incluindo um ataque aéreo que resultou na morte de três soldados americanos na Jordânia, em janeiro. Este evento colocou mais uma vez em evidência a tensão entre o Iraque e os Estados Unidos, que já haviam bombardeado alvos no país e na Síria como represália contra grupos armados pró-iranianos.

Em resposta, autoridades iraquianas reagiram classificando o ataque como um “assassinato” e criticaram a atuação da coalizão internacional. O general Yehia Rasool, porta-voz militar do primeiro-ministro iraquiano, afirmou que a coalizão “ultrapassa totalmente as razões e os objetivos pelos quais está em nosso território”. Além disso, o Irã manifestou repúdio ao ataque, destacando que este tipo de ação representa uma ameaça à paz e segurança regionais e internacionais.

Diante deste cenário, o primeiro-ministro iraquiano já iniciou discussões com os Estados Unidos sobre o futuro da coalizão, expressando a esperança de estabelecer um cronograma para a retirada das tropas americanas. Atualmente, os EUA têm 2.500 soldados no Iraque, atuando como parte da coalizão internacional criada em 2014 com o objetivo de fornecer assistência e aconselhamento às forças iraquianas e evitar o ressurgimento do grupo Estado Islâmico.

No entanto, a situação permanece tensa e incerta, com o Iraque e o Irã expressando forte descontentamento com a atuação dos Estados Unidos. O ataque com drones em Bagdá reacende a instabilidade na região e coloca em questão a continuidade da presença militar norte-americana no país.

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