Exército israelense intensifica bombardeios em Rafah em meio a negociações para trégua com o Hamas na Faixa de Gaza.

O Exército israelense deu continuidade aos bombardeios contra a cidade de Rafah, local que tem abrigado centenas de milhares de deslocados pela guerra entre Israel e o Hamas na região de Gaza. Esta ação ocorre em meio a negociações para se estabelecer uma trégua.

Na quarta-feira (8), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, determinou aos equipes de segurança que realizassem uma operação na cidade situada no extremo sul do território palestino, na divisa com o Egito. Esse anúncio veio após o líder rejeitar as propostas do movimento islamista Hamas para um cessar-fogo, transmitidas por mediadores do conflito.

Posteriormente, Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, ressaltou que ainda observa espaço para se atingir um acordo e pediu que Israel proteja os civis. Até o momento, a ofensiva israelense concentrou-se no norte de Gaza, seguida por avanços em direção ao centro e ao sul da região.

Além disso, o Exército israelense comunicou que suas operações foram realizadas tanto no norte quanto no sul da Faixa de Gaza, além de prender dois “terroristas” que participaram do ataque em 7 de outubro. No entanto, todas as atenções seguem voltadas para Rafah, que conta com 1,3 milhão de palestinos, a maioria vítima dos confrontos recentes.

As tensões na região não param de crescer. Recentemente, países como Líbano, Iraque, Síria e Iêmen, onde grupos apoiados pelo Irã lançaram ataques em apoio ao Hamas, têm respondido a Israel e aos Estados Unidos com violência. Um exemplo disso é o ferimento grave de um alto funcionário militar do Hezbollah libanês após um bombardeio israelense ao sul do Líbano.

Nesse sentido, as negociações no Cairo, que visam a obtenção de um cessar-fogo em Gaza e a troca de prisioneiros por reféns, tornam-se fundamentais para a estabilização do cenário. A comunidade internacional tem demonstrado preocupação com o nível de tensão na região, bem como com as condições humanitárias da população de Gaza e dos palestinos refugiados em Rafah, frente aos preparativos israelenses para atacar a cidade.

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