O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrinho, afirmou que o governo dará uma “resposta proporcional, contundente e apegada ao direito” caso a ExxonMobil inicie as perfurações nos poços exploratórios no litoral de Essequibo. No entanto, ele não especificou como essa resposta seria dada.
A disputa pelo Essequibo se intensificou após a descoberta de depósitos de petróleo na região pela Exxon em 2015. Desde então, as tensões entre Venezuela e Guiana têm aumentado, com a presença de navios de guerra britânicos em águas guianesas e a mobilização de tropas na fronteira disputada.
No entanto, mesmo diante da tensão, os presidentes da Venezuela e da Guiana se comprometeram a não fazer uso da força. Enquanto isso, a ExxonMobil afirmou que está tranquila em relação ao contrato assinado com a Guiana, garantindo que está agindo de acordo com as leis locais e internacionais.
Porém, as autoridades venezuelanas criticaram a postura da petroleira, acusando-a de subrogar a soberania da Guiana e de proteger operações ilícitas em um mar pendente de delimitação sob o manto belicista dos Estados Unidos. A vice-presidente Delcy Rodríguez reforçou as críticas, afirmando que a ExxonMobil e a Guiana estão agindo em conluio com outros países na frente militar.
O anúncio da ExxonMobil gerou preocupações regionais, com a Venezuela prometendo uma resposta firme se as perfurações forem realizadas. O alerta do governo venezuelano aumenta as tensões em um momento em que a América Latina busca estabilidade e diálogo como forma de resolução de conflitos. A comunidade internacional observa atentamente a situação, na esperança de que um acordo diplomático possa ser alcançado para evitar um possível conflito armado na região petrolífera.