Governo uruguaio convoca embaixador na Venezuela para tratar de acontecimentos que ameaçam eleições livres no país caribenho.

O governo uruguaio convocou seu embaixador na Venezuela para consultas urgentes sobre os acontecimentos que, segundo autoridades, inviabilizariam a realização de eleições livres no país. O ministro das Relações Exteriores, Omar Paganini, anunciou essa decisão nas redes sociais.

A situação política na Venezuela tem causado preocupação às autoridades uruguaias. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, busca um terceiro mandato nas próximas eleições presidenciais, previstas para o segundo semestre, mas ainda sem data marcada.

No entanto, a principal adversária e favorita da oposição, María Corina Machado, foi inabilitada para ocupar cargos públicos por 15 anos, em uma decisão ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça. Essa medida causou ainda mais controvérsias e a principal opositora de Maduro foi impedida de se candidatar.

María Corina Machado obteve uma vitória avassaladora nas primárias da oposição, mas, em junho, foi inabilitada por 15 anos pela Controladoria, devido a supostos atos de corrupção. Essa decisão foi confirmada pelo STJ, que suspendeu “todos os efeitos” das primárias e confirmou a inelegibilidade da candidata e de um possível substituto da oposição.

A inabilitação de Machado também foi condenada pelo Parlamento Europeu, que alertou que, se sua candidatura não for permitida, as eleições deste ano na Venezuela não serão reconhecidas.

O governo uruguaio manifestou sua preocupação com a situação política na Venezuela e convocou o embaixador para obter informações detalhadas sobre os acontecimentos que inviabilizariam a realização de eleições livres, democráticas e competitivas no país. Essa medida demonstra a atenção e o interesse do Uruguai em relação à situação política na Venezuela e a importância que o país atribui a eleições justas e transparentes em toda a América Latina.

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