De acordo com os registros do C3S desde 1950, o mês passado superou o janeiro anterior mais quente, que havia ocorrido em 2020. Todos os meses desde junho têm sido os mais quentes já notificados no mundo, comparando com o mesmo período dos anos anteriores.
O fenômeno climático El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico, contribuiu para esse cenário de altas temperaturas. No entanto, cientistas norte-americanos afirmaram que o ano de 2024 tem uma chance em três de ser ainda mais quente do que o ano passado e 99% de chance de estar entre os cinco anos mais quentes.
O diretor adjunto do C3S, Samantha Burgess, alertou para a urgência das reduções rápidas nas emissões de gases de efeito estufa como a única maneira de impedir o aumento das temperaturas globais. Apesar de ter ultrapassado 1,5ºC em um período de 12 meses, o mundo ainda não violou a meta do Acordo de Paris, que se refere à temperatura média global ao longo de décadas.
Porém, a preocupação com as mudanças climáticas e o aquecimento global vem se intensificando. Os países se comprometeram, no Acordo de Paris de 2015, a tentar impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5 grau Celsius, para evitar consequências mais graves e possivelmente irreversíveis.
Diante desse contexto, a atenção se volta para a necessidade de medidas efetivas que possam conter as mudanças climáticas e combater as altas temperaturas. A expectativa é que as discussões sobre a redução das emissões de gases poluentes e a promoção de práticas mais sustentáveis ganhem ainda mais destaque no cenário global.