A operação, que teve como base a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, incluiu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, cumpridos em 9 estados e no Distrito Federal. Entre os alvos, há aliados próximos de Bolsonaro, como os militares e ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Além disso, a decisão de Moraes determinou que o ex-presidente entregue seu passaporte em até 24 horas.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) negou qualquer associação do general Augusto Heleno com uma suposta “Abin Paralela” e expressou a opinião de que as Forças Armadas não devem se omitir em irregularidades. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que Bolsonaro nunca autorizou nenhum golpe. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) anunciou que enviará representação à Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar a participação do Partido Liberal em uma tentativa de golpe.
Pelas redes sociais, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) falou sobre as provas da conspiração para asfixiar a democracia, enquanto a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro, disse que a operação resulta de uma investigação minuciosa e responsável baseada na apuração realizada pela CPMI, aguardando novos desdobramentos.
A situação continua a gerar controvérsia e discussão entre os membros do Senado, evidenciando a polarização política e a complexidade das relações entre os diversos atores envolvidos. As próximas semanas prometem ser intensas e cheias de desdobramentos políticos e jurídicos.