A bolsa de valores também sentiu o impacto, com o índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechando aos 128.217 pontos, uma queda de 1,33%. A expectativa de que o Banco Central (BC) não corte a taxa Selic (juros básicos da economia) mais do que 0,5 ponto percentual por reunião até maio influenciou o indicador.
A subida do dólar em nível global após os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos totalizarem 218 mil na semana passada, levemente abaixo da expectativa, foi um dos motivos para a alta da moeda. Isso reduz as chances de o Banco Central norte-americano começar a reduzir os juros básicos da maior economia do planeta no primeiro semestre, o que estimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para os títulos do Tesouro norte-americano. Além disso, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,42% em janeiro contribuiu para a queda da B3.
A pressão de alimentos e de combustíveis sobre a inflação reduz as chances de o Banco Central brasileiro continuar a reduzir a taxa Selic após maio, desestimulando aplicações na Bolsa de Valores. A alta na inflação veio acima do esperado, e juros altos no Brasil fazem com que os investimentos migrem do mercado de ações para a renda fixa, de menor risco.
Em resumo, a turbulência do mercado financeiro foi impulsionada por uma série de fatores, tanto internos quanto externos. Esses eventos influenciaram o comportamento do dólar e da bolsa de valores, causando preocupação e ansiedade nos investidores. Com informações da agência Reuters.
