Entre os investigados estão personalidades de destaque, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, e o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. A operação envolveu o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.
A ação também resultou na apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão foi tomada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, firmar um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, sob homologação do STF.
Em resposta às medidas judiciais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua expectativa de que o rigor da lei seja aplicado aos envolvidos. O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o presidente entregará seu passaporte às autoridades competentes, em cumprimento à decisão judicial.
A operação se estendeu por diversos estados do país, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha de perto o cumprimento dos mandados.
A defesa de alguns investigados informou que ainda não teve acesso integral aos autos do processo e que se pronunciará após uma análise mais aprofundada da situação. O Exército Brasileiro também se posicionou, destacando que está prestando todas as informações necessárias às investigações conduzidas pela Polícia Federal.
A Operação Tempus Veritatis representa mais um capítulo da complexa realidade política brasileira, à medida que os desdobramentos seguem impactando a sociedade e as instituições do país. Novas informações devem surgir à medida que a investigação avança, e a sociedade aguarda por respostas claras e transparentes em relação aos fatos apurados.