Durante a visita, Milei expressou sua indignação com o ataque, afirmando que o mundo não deveria ficar indiferente diante dessa agressão, que merecia ser considerada como um ato de terrorismo e antissemitismo. Segundo o presidente ultraliberal, o ataque do Hamas poderia ser equiparado ao nazismo no século XXI. A visita de Milei a Israel marcou a sua segunda viagem ao exterior desde que assumiu a presidência em dezembro, e foi antecedida por um polêmico anúncio sobre a transferência da embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém, um projeto que foi elogiado por Israel e criticado por membros do Hamas.
Durante a visita ao Nir Oz, Milei expressou seu apoio ao direito de Israel à autodefesa e exigiu a liberação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas. O líder argentino também usou uma medalha com a inscrição “Traga-os para casa agora”, em solidariedade ao grupo de familiares dos reféns israelenses.
A visita de Milei também teve um componente emocional, já que ele esteve ao lado de Ofelia Roitman, de 77 anos, uma refém de origem argentina que foi libertada durante um período de trégua em novembro. Roitman teve sua casa atacada, e sua história de sobrevivência é marcada por uma série de cirurgias após ter sido sequestrada e ferida no braço.
Após a visita, houve um alarme de ataque aéreo ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, alertando sobre o primeiro lançamento de foguetes na região em três dias. A sequência de eventos reforçou ainda mais as tensões na região, e deixou claro que a situação entre Israel e o Hamas continua a ser um dos focos de instabilidade no Oriente Médio. A presença de Milei, assim como as declarações feitas por ele durante a visita, também sinalizam um endurecimento da posição da Argentina em relação ao conflito no Oriente Médio, uma questão que continua a ter impactos na política internacional.
