Dentre os hospitais participantes, 51% deles registraram crescimento das internações em leitos clínicos que variaram entre 11% e 20%. Surpreendentemente, 89% dos hospitais não identificaram aumento nas internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para dengue, e somente 11% deles tiveram um aumento de até 5% neste tipo de internação, com pacientes permanecendo, em média, até 4 dias nos cuidados intensivos.
A faixa etária mais frequente entre os pacientes com dengue atendidos nos hospitais é de 30 a 50 anos. Além disso, os serviços de saúde também registraram um aumento de 89% nos casos de suspeita de dengue. Em relação aos pacientes atendidos que tiveram um resultado de teste positivo para dengue nos últimos 15 dias, 34% dos hospitais registraram um aumento de 6% a 10% de pacientes que testaram positivo para a doença. Além disso, 27% dos serviços de saúde tiveram um aumento de 31% a 50% e 20% dos hospitais tiveram um aumento de 51% a 70% de pacientes que testaram positivo.
O médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, alerta que o surto de dengue está crescendo rapidamente, o que exige uma pronta intervenção das autoridades sanitárias na orientação à população para o controle da proliferação do mosquito transmissor e ações diretas de combate ao mosquito.
Em relação à Covid-19, a pesquisa também acompanhou a trajetória da doença nos hospitais paulistas. A maioria dos serviços (60%) confirmou um aumento de até 5% no pronto-socorro, mas todos os hospitais observaram um aumento de até 5% nas internações clínicas, com tempo médio de internação de 5 a 10 dias. No entanto, para 98% dos hospitais, não houve aumento de internações por Covid-19 em leitos de UTI. A situação da dengue e da Covid-19 exige atenção e ação tanto por parte das autoridades quanto da população.