Os dados foram coletados em 91 hospitais privados do estado de São Paulo, sendo 64% na capital e Grande São Paulo e 36% no interior. Dentre os hospitais analisados, a maioria (89%) não registrou aumento no número de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por dengue. No entanto, 51% dos hospitais relataram um crescimento de 11% a 20% nas internações em leitos clínicos, enquanto outros 45% tiveram altas de até 10%. Além disso, 81% dos estabelecimentos registraram um aumento no número de pacientes diagnosticados com dengue, sendo que 34% tiveram um aumento de 6% a 10% nos casos, 20% registraram um aumento de 51% a 70%, e 27% observaram um crescimento de 31% a 50%.
De acordo com o setor de pronto-atendimento dos hospitais, que atende casos de emergência, a faixa etária mais frequente dos pacientes atendidos com dengue está entre 30 e 50 anos. O médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, alerta para a escalada da doença no cenário nacional e ressalta a importância do aumento das ações das autoridades sanitárias para controlar a proliferação do mosquito transmissor.
No âmbito nacional, o Ministério da Saúde registrou quase 400 mil casos prováveis de dengue no Brasil em 2024, quatro vezes mais do que o registrado no mesmo período do ano passado (cerca de 93 mil casos). Diante desse cenário preocupante, é fundamental que a população se mantenha atenta às medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a fim de conter a disseminação da doença.
