A ausência de catalisadores de peso para induzir os negócios em uma direção ou outra foi um dos principais destaques da movimentação. A preocupação com os feriados na China, devido à passagem do ano-novo lunar, e no Brasil, que manterá os mercados locais fechados até a manhã da próxima quarta-feira por conta do carnaval, levou à prevalência da cautela.
Durante a sessão, o Ibovespa oscilou entre 127.579,40 e 128.895,67 pontos, saindo de uma abertura a 128.215,62 pontos com uma baixa moderada na maior parte do dia. Segundo Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos, “o mercado operou de forma lateral, digerindo os dados de inflação IPCA do dia anterior, acima do esperado, ainda que não tenham sido preocupantes a ponto de mudar a posição do Banco Central com relação à Selic. O modo foi de cautela, uma postura defensiva que deixou a Bolsa perto da estabilidade, na medida em que não haverá negócios nos próximos dias no Brasil, mas os mercados continuarão abertos nos Estados Unidos”.
A B3 viu um giro de R$ 23,8 bilhões nesta sexta-feira, ocasião em que o Ibovespa emendou a terceira perda diária. No mês, o índice da B3 sobe 0,21% e, no ano, cede 4,59%. Na ponta perdedora na sessão, destacam-se 3R Petroleum (-3,82%), Assaí (-3,47%) e Multiplan (-3,01%). No lado oposto, Alpargatas (+7,48%), MRV (+6,87%) e Casas Bahia (+4,27%).
Entre as blue chips, poucos nomes foram bem, com destaque para Itaú (PN +1,27%). Banco do Brasil ON fechou o dia em baixa de 1,66%, após o balanço trimestral que, segundo Leonardo Piovesan, analista da Quantzed, revela resultados relativamente altos, mas com provisões para devedores duvidosos aumentando em mais de 50%.
Na agenda macro desta sexta-feira, houve a divulgação pelo IBGE do aumento no volume de serviços em dezembro, indicando um sinal positivo com relação à recuperação econômica. Em relação ao termômetro Broadcast Bolsa, a maioria dos participantes (60%) espera uma queda do Ibovespa, sinalizando um comportamento inclinado para o lado negativo no curtíssimo prazo.
