A Comissão Estadual dos Direitos Humanos de “Baja California” emitiu um comunicado condenando o crime e pedindo que as autoridades locais investiguem o caso. Além disso, a comissão iniciou uma investigação para avaliar a atuação das autoridades no caso, considerando se tratar de um atentado contra uma defensora dos direitos humanos.
Angélica dedicava seu tempo à busca por seu irmão, José Juan Vázquez León, que desapareceu em 27 de junho de 2018. Sua morte chocou outros grupos de busca de desaparecidos, que exigiram justiça e criticaram o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador nas redes sociais.
O estado da ‘Baja California’ registra 2.660 pessoas desaparecidas, de acordo com dados oficiais. No entanto, o governo de López Obrador afirmou em dezembro do ano passado que havia localizado 16.681 pessoas que eram consideradas desaparecidas. Esse processo, no entanto, tem sido alvo de críticas por parte de defensores dos direitos humanos, políticos da oposição e famílias de desaparecidos, que acusam o governo de tentar reduzir os números.
O México é conhecido por seus altos índices de violência e a atuação de organizações criminosas. O país tem dezenas de grupos de busca, compostos principalmente por parentes das vítimas, que frequentemente enfrentam condições perigosas e ameaças.
A morte de Angélica León levantou preocupações sobre a segurança de defensores dos direitos humanos no país. A falta de respostas das autoridades locais em relação ao crime também preocupa a população. O assassinato de Angélica é mais um triste episódio que destaca a necessidade urgente de soluções para o problema crescente de desaparições no México.
